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Carta Programa

Carta Programa

 

É chegado o momento das eleições para o Conjunto CFESS/CRESS! Convidamos a todas/os a participar desse processo democrático e conhecer a Chapa 1 para o CRESS/SP: “Ampliações: Trilhando a Luta com Consciência de Classe”.

Essa chapa foi construída num processo democrático pelos princípios de luta do Coletivo Ampliações, existente desde 2004 em São Paulo, articulado por assistentes sociais socialistas, comprometidos com a defesa de um novo projeto societário e com a direção política e institucional do CRESS 9° Região/SP. O Coletivo Ampliações é suprapartidário e reafirma sua autonomia e independência frente à qualquer partido político ou governo, ressaltando posicionamento contra qualquer forma de aparelhamento, autoritarismo e machismo. Nossa carta de princípios evidencia nosso posicionamento político, prezando por relações que valorizem os anseios revolucionários e solidariedade de classe, atitudes nem sempre fáceis em tempos de uma sociabilidade tão marcada por valores capitalistas.

O período histórico que vivemos no interior do Serviço Social brasileiro exige radicalidade na observância dos princípios que sustentam o Projeto Ético-Político Profissional, de negação do capitalismo e resistência frente à retirada de direitos. A Chapa Ampliações: Trilhando a Luta com Consciência de Classe afirma a necessidade de uma análise crítica à política de conciliação de classes, colocada muitas vezes como a única saída para o abismo societário que vivenciamos nas últimas décadas, acirrado no ano de 2016.

O retrocesso acelerado e perverso dos direitos da classe trabalhadora, ora encampado pelo governo oportunista de Michel Temer (e chancelado pelo governo Alckmin) é produto histórico dos anseios da classe burguesa racista, machista, homofóbica e subserviente aos ditames do capital internacional. Essa burguesia reage ferozmente por não suportar o mínimo de acesso a direitos que a política de conciliação de classe permitiu, sob forma de concessão do grande capital. Os limitados alívios que a política conciliatória exerce às expressões da “questão social” não se configuram como transformação social e, tampouco, em distribuição da riqueza socialmente produzida: a juventude pobre e negra continua morrendo nas periferias das cidades; mulheres continuam vítimas do machismo; a LGBTfobia tem sido cada vez mais explicitada nos assassinatos; crianças e adolescentes continuam sendo alvo de acolhimento institucional em razão de pobreza de suas famílias. Esses aspectos, e tantos outros, datam de décadas no cenário brasileiro e tendem a piorar, tendo em vista os ataques em curso à CLT, à Previdência Social, à Política de Assistência Social, dentre outros.

Reconhecemos os avanços legais e institucionais no âmbito das políticas sociais nos últimos anos, antes das reformas previstas na aprovação da PEC 55/2016 e outras medidas, e não podemos negar o quanto de significado esses avanços possuem no cotidiano da classe trabalhadora. Nesse sentido, defendemos a máxima “nenhum direito a menos” e reivindicamos a seguridade social pública, laica e de qualidade como patrimônio das lutas da classe trabalhadora, nas quais o Serviço Social brasileiro sempre esteve presente. No entanto, não podemos aderir ao “possibilismo” ou ao princípio do “mal menor”, como se a via normativa e institucional fosse a única estratégia de garantia de direitos.

Sabemos que muitas políticas sociais nas quais exercemos a profissão, apresentam alto grau de precarização do trabalho, pouquíssimos recursos e má qualificação das suas ofertas, que há avanços da estratégia capitalista de terceirização e privatização dos serviços e que aviltam a autonomia profissional de forma organizada e veloz, sem falar da precarização da formação profissional e do aumento do desemprego em geral. O princípio oitavo do nosso Código de Ética, que trata da construção de uma nova ordem societária, exige coragem e coerência, buscando na história das lutas sociais o oxigênio necessário para não nos rendermos às ilusões e aparências. É preciso um a análise atenta e forte, autônoma e independente de governos, para seguirmos na construção de uma greve geral e demais lutas que contribuam processualmente para um projeto societário sem exploração de classe, gênero e etnia.

A Chapa Ampliações, portanto, vem se apresentar nesse pleito eleitoral, afirmando seu compromisso com os interesses da classe trabalhadora, com a defesa da profissão e com os processos democráticos nos diversos espaços de inserção da categoria profissional. Nesse sentido, possui na sua composição, um perfil de assistentes sociais de várias áreas de atuação e localidades do Estado de São Paulo, com diferentes experiências profissionais e no próprio Conjunto CFESS/ CRESS. Trata-se de uma chapa formada por mulheres e homens com unidade no que se refere às premissas já relatadas, na defesa intransigente dos direitos humanos e, sobretudo, defendendo que o CRESS/SP, assim como o Conjunto CFESS/CRESS, continue se consolidando como uma entidade forte na defesa da profissão, nos interesses legítimos da classe trabalhadora, mesmo diante das mais diversas contradições que o modo de produção capitalista impõe na contemporaneidade. É nessa perspectiva que convidamos todas/os assistentes sociais do Estado de São Paulo a Trilhar conosco essa Luta, com a coragem, a coerência e a ousadia que o momento político brasileiro exige!

Conheça nossa plataforma para o triênio 2017-2020, debatendo, refletindo sobre ela em seus espaços de trabalho e junto conosco, utilizando-se das várias possibilidades respeitosas, participativas e democráticas de diálogo e debate.

O Serviço Social brasileiro, ao longo dos seus 80 anos de história, apostou acertadamente, que a defesa de valores e princípios éticos dessa profissão perpassa por entidades fortes, autônomas e independentes. Por isso, vamos continuar construindo juntos um CRESS/SP que possa resistir aos inúmeros retrocessos que a sociedade brasileira vem apresentando.

Vamos afirmar nossa condição de trabalhadoras/es Trilhando a Luta, com Consciência de Classe.

 

Trilhe essa Luta, vote Chapa Ampliações"

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